sábado, 31 de julho de 2010

FACULDADE DE HISTÓRIA. CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA.

FICHA DE ANÁLISE DE FILME.
TRABALHO REALIZADO PELA GRADUANDO;JOELMA FERNANDES.

a) Nome original do filme.
Lamarca.
 
b) Diretor.
Sérgio Rezende.
 
c) Roteiristas.
Alfredo Oroz.
Sérgio Rezende.
 
d) Atores principais.
Paulo Betti.
Carla Camurati.
Roberto Bomtempo.
Deborah Evelyn.
e) Produção: José Joffily e Mariza Leão.
 
f) Baseado na biografia Lamarca: o capitão da guerrilha, escrita por Emiliano José e Oldack Miranda, em 1980. Os biógrafos do capitão Lamarca realizaram sua pesquisa por meio de depoimentos, reportagens dos periódicos Pasquins, Em Tempo e Coorjornal, além da utilização dos relatórios do Exército.
 
g) Duração: 129 minutos.
 
h) Ano: 1994.
 
i) Resumo do Filme.
O filme conta à história do capitão Carlos Lamarca, que deserta em finais da década de 1960 e ingressa no movimento de luta armada contra a ditadura no Brasil. Ele foi um soldado que optou pela revolução armada no auge da ditadura militar, tornando-se um guerrilheiro clandestino e desligando-se para tanto de sua mulher e de seus dois filhos. Vivendo dois anos na clandestinidade, Lamarca desenvolveu fortes convicções políticas e sofreu uma perseguição sem trégua de alguns setores do exército, que o classificaram como traidor da pátria. durante a vida na clandestinidade, Lamarca conheceu Iara Iavelberb, que se tornou sua companheira. Lamarca comandou o seqüestro do embaixador suíço no Brasil,com o fim de trocá-lo por presos políticos no Rio de Janeiro.Dentre suas façanhas Lamarca refugiou-se na Bahia em Buriti Cristalino.No qual ocorre o fim trágico de Carlos Lamarca e de Zequinha, no dia 17 de setembro de 1971, estavam descansando embaixo de uma árvore quando foram cercados por 20 agentes do CODI, na localidade de Pintada, Município de Ipupira. Morreram fuzilados Pela repressão no interior da Bahia.
j) Localização temporal, espacial.

Inicia nos anos de 1960, notadamente o confronto entre as forças armadas e os focos de guerrilha dos anos 60 e 70 do século passado.

Carlos Lamarca nasceu no Rio de Janeiro 27 de Outubro de 1937.
Em 1954, aos 17 anos, é admitido na Escola Preparatória de Cadetes, em Porto Alegre. Radicalizou e em 24/01/1969 fugiu do quartel de Quitaúna levando numa Kombi, 63 fuzis FAL, três metralhadoras e munição.
29 de junho de 1971 – Lamarca chega ao Buriti (Bahia) Nilton Cerqueira e auxiliados pelas autoridades de Brotas, invadem o Buriti promovendo o horror e a violência contra a família de Zequinha ambos fogem. Os militares então, suspendem as buscas, e retornam a seus postos. Embrenhando-se na caatinga. Recebendo informações de moradores das redondezas, os militares voltam à região e retomam as buscas. Os dois são descobertos em Pintada (localidade de Brotas) e assassinados pela repressão, a 17 de setembro. Seus corpos foram levados a Brotas e expostos como troféu, fato que aterrorizou a população da cidade.
 
 QUESTÕES PARA ANÁLISE HISTÓRICA:
k) Destaque e comente os personagens centrais.
 
Carlos Lamarca foi um militar que desertou do exército durante a ditadura militar e se tornou um guerrilheiro comunista.
 
 
A personagem Clara que representa a ex-guerrilheira Iara Iavelberb.
Amante de Carlos Lamarca no filme suicida-se com um tiro na cabeça.
A personagem Marina esposa de Carlos Lamarca, Maria Pavan Lamarca.
Viaja com seus filhos para Cuba e no filme não cita a mais.
A personagem Zequinha representa José Campos Barreto amigo de Lamarca.
 
l) Selecione e analise uma seqüência do filme.
 
  1. Carlos Lamarca e Zequinha estão sentados conversando sobre uma ação

Revolucionária. O primeiro afirma: “Bons tempos. A gente andava eufórica. Achando”.

Que a vitória era uma questão de dias.”Guerrilheiro se agacha e com spray vermelho”.

Escreve no balcão dos caixas: revolução. No final da ação Carlos Lamarca mata um

Guarda.

Nesta cena o ator Paulo Betti (Carlos Lamarca) fica com o traço do rosto demonstrando-se desagrado.

  1. Na cena do apartamento em que a guerrilheira Clara e Márcia com bebê no colo conversam, uma sonora música baixa que aumenta de vez em quando, com um solo de guitarra lembrando o movimento hippie.

Plano médio na sala do apartamento. Dois soldados armados entrando, enquanto outros permanecem na porta. Soldado caminha e mete o pé no instrumento e volta-se a abordavam as pessoas de forma muita violenta, de os militares chegar acontecia sem nenhuma discrição, o que resultou no suicídio da personagem Clara que para não ser presa, ela preferiu suicidar-se.

 
m) Discuta os aspectos audiovisuais.
 
 
No que diz respeito ao aspecto audiovisual conjunto de componentes visuais na nossa opinião os sons de músicas, voz, imagens e efeitos, estavam relativamente adequado, porém no que diz respeitos à noite no nordeste deixou a desejar, pois é comum ouvir o som de cigarra cantar ao entardecer, o que em momento algum foi ouvido por todos nós pertencente ao grupo.Outro aspecto e os sons de bichos como grilo etc, afinal Lamarca estava acampado na mata.
 
o) Relacione o assunto do filme com a disciplina estudada.

Ao refletirmos sobre o filme Lamarca constatamos uma abordagem direta na disciplina Brasil IV debatida em sala de aula do texto IV a historiadora considera que no período de guerrilha Aborda uma questão que se refere às motivações e ao perfil daqueles que partiram para a luta armada de pessoas intelectualizadas, homens de classe médias e jovens, mas que, no entanto, houve um tipo de militante que não aderiu à luta armada por questões teóricas, mas sim por indignação às injustiças sociais, truculência militar de forma muita violenta e torturas. Na seqüência do filme Lamarca há uma sessão de tortura em Jairo. O delegado dá um soco no estômago da vítima. Primeiro plano no rosto de um torturador negro que puxa duas Roldanas com duas correntes. Primeiro plano no pênis de Jairo que têm ferros enfiados nele, leva choques e geme de dor.

As organizações clandestinas de esquerda e de direita e utilização da tortura o regime Militar.

Em outra cena do filme que pode ser observada e quando a personagem Clara dentro de um táxi onde presenciar o assassinato de um casal de guerrilheiros, enquanto policiais revistam as pessoas, Clara para fugir do acontecimento resolve parar num cabeleireiro.

Censura e a propaganda no regime militar, a economia brasileira durante o regime militar com base nos textos lido afirmamos que as conseqüências do golpe militar para o Brasil foram desastrosas, uma vez que, ao adotar-se um modelo concentrador de renda, perdeu-se uma oportunidade de construir um país menos desigual, no qual Lamarca recorda-se de uma mulher pobre, com duas crianças se arrastando pelo deserto faminta. Ou seja, o conteúdo abordado em sala de aula o movimento político do Estado de repressão às esquerdas revolucionárias ao longo do curso em sala de aula foi debatido os principais grupos de esquerdas que combateram o regime militar, o sistema de espionagem e contra-espionagem no regime militar, focada em uma cena em que Lamarca e clara estão dentro do ônibus quando dois militares fazem sinal para ônibus parar. Militares fardados entram para fazer revistas. No fundo do ônibus um rapaz cabeludo e um militar diz: “vai descendo. Vai descendo”. Rapaz pergunta: “o quê? O que foi que eu fiz?”. É os militares levam o estudante sem nenhum motivo aparente, no qual Lamarca observa o militar apontar a arma para o rapaz cabeludo, em um regime autoritário ocorre uma paranóia, um clima de suspeição que atinge a todos.Com base no filme estes foram os assuntos abordados na disciplina.

n) Destaque frases representativas.
 
Sempre quis ser soldado e nunca deixaria de ser, mas mudaria de exército, se o nosso passasse para o lado dos exploradores. ”(frase de Lamarca).
 
Brasil, ame-o ou deixe-o.

No filme há um outdoor com a bandeira do Brasil, com a frase: Ame-o ou deixe-o.

Abaixo a ditadura! ” (frase de Zequinha).
 
Só esses interessam. Só esses vão fazer a revolução (Lamarca referindo-se aqueles que resistiram a tortura).
 

“País de escravos. Aqui ainda não chegou o milagre brasileiro.’’(frase de Lamarca).

 
o) Visão do filme sobre o fato histórico representado.
 

O filme Lamarca insere-se na disputa pela memória, sobre o período ditatorial brasileiro que se inicia nos anos de 1960, notadamente o confronto entre as forças armadas e os focos de guerrilha dos anos 60 e 70 do século passado. O imaginário social contribui para a coesão social, no qual Lamarca e a esquerda em geral, imaginaram uma contra-legitimidade. Eles Propuseram um país socialista e lutaram para alcançar isso, enquanto os militares detentores do poder, cuidaram para manter os seus valores. Com uma temática didática histórica, com fatos históricos baseando-se em uma identidade nacional brasileira.

p) Análise pessoal.
 
Chegamos a uma conclusão, sobre análise do filme.No qual concluímos que o filme e uma constituição da luta armada e da guerrilha urbana e rural no Brasil, ante o conturbado período pós-1964, é traduzido nas imagens que compõem o filme.No qual aborda não de um período do seu nascimento é sim no momento da luta armada.A história se baseia nos últimos anos na vida do capitão Carlos Lamarca, desertor militar, que entra no movimento de luta armada contra a ditadura no Brasil. O filme procura resgatar a figura humana de Carlos Lamarca em algumas cenas do convívio com a família, na discussão com os companheiros da organização e no relacionamento com a guerrilheira. No qual demonstra os conflitos, as desigualdades, da ditadura militar no Brasil foi um dos episódios  tristes da nossa história brasileira desta forma trata-se de um drama. sendo o único homem na História do Brasil a receber status de traidor da nação.O filme é interessante deixando apenas a desejar o fato como cenários principalmente quando Lamarca esta na Bahia, na mata.Fora esta abordagem concluímos e indicamos o filme a todos aqueles maiores de 14 anos.Vale a pena assistir e conhecer a história de Carlos Lamarca. 
 
 
 
Bibliografias:
 
FICO, Carlos. Espionagem, polícia política, censura e propaganda: os pilares básicos da repressão.
FILME, Lamarca. 1994.
ROLLEMBERG, Denise. Esquerdas Revolucionárias e Luta Armada.
Obs: (não consta data, editora, estado e ano, bibliografia incompleta).
 

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